Um marco importante na história da capoeira foi a “libertação” dos escravos através da Lei Áurea no dia 13 de maio de 1888. A partir dessa data, a capoeira passou a ser praticada amplamente pelos escravos libertos nas ruas, praças e em manifestações públicas. No entanto, legalmente, eles ainda estavam infringindo a lei, que previa 300 açoites e prisão. No segundo ano do governo republicano do Marechal Deodoro da Fonseca (1890), a capoeira foi introduzida no Código Penal, prevendo aos infratores: prisões, trabalhos forçados ou deportação para a Ilha Fernando de Noronha. Durante a Guerra do Paraguai (1865-70), muitos desses infratores foram obrigados a virar “bucha de canhões”, mesmo assim, os capoeiristas não desistiram praticando às escondidas, em quintais, praias e nos arredores das cidades.
Origem do nome
O termo capoeira é de origem tupi, que significa “mato cortado” (caá-puera), logo virou sinônimo de luta e dança. Os escravos negros, fugiam de seus senhores para a capoeira e, no meio do roçado, onde costumavam treinar seus golpes enfrentavam bravamente os capitães do mato utilizando vários golpes de punho e chutes, derrotando-os. Quando os capitães retornavam para a fazenda, era comum a frase “_fomos pego na capoeira!”. Muitos desses locais viraram quilombos
A capoeira é um misto de luta-jogo-dança praticada ao som de instrumentos musicais (berimbau, pandeiro e atabaque), palmas e cânticos. Arte marcial genuinamente brasileira, foi desenvolvida pelos escravos bantus, de Angola durante o Brasil Colônia, sobretudo na Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro. Hoje a capoeira é praticada em 50 países em mais de 30 mil academias e estima-se que cerca de 2,8 milhões de brasileiros já entraram na roda para jogar. O “boom” da capoeira aconteceu em 1995 quando ela foi reconhecida como esporte pelo Comitê Olímpico Brasileiro e muitos de seus incentivadores estão lutando por um lugar nos Jogos Olímpicos .
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Axé
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